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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

História dos dois príncipes e um clown - parte 2

Continuando nossa história.

O segundo príncipe, um guerreiro, tirou a espada da bainha e levantando-a, foi conversar com a princesa:

- Princesa, eu desejo o seu amor e em troca derrotarei todos os meus adversários. Conquistarei muitos reinos para você. Farei com que todos se ajoelhem para venerar a tua beleza! Serás considerada uma deusa e todos te adorarão, caso contrário sentirão o fio da minha lâmina!

- O quê? Seu bruto, insensível, machista! Querer se impor perante as pessoas, usando da violência? Você nunca receberá o meu amor. Nada quero de ti. Tenho medo inclusive. Jamais ficaremos juntos.

O príncipe guerreiro, aturdido, humilhado, desolado, colocou sua espada de volta e foi embora, cabisbaixo e deprimido.

Com isso, voltamos nossa atenção para o clown, que também amava a princesa.

- Como farei - pensava o clown - para conquistar o seu amor?

Nosso amigo palhaço, pobre diante das riquezas do primeiro príncipe e inofensivo diante da bravura do segundo príncipe, ficou a pensar uma forma de atrair a atenção da nossa seletiva princesa.

- Já sei - disse ele - vou chamar meu amigo bardo, que saberá tocar uma música e chamar a atenção da benévola princesa.

O clown partiu, percorrendo muitos quilômetros, até chegar ao chalé onde residia um bardo cantor amigo seu.

Tudo combinado, os dois se reuniram e começaram a compor uma música, toda ela inspirada pelos melhores sentimentos do nosso palhaço.

A letra da composição foi de autoria do clown. O bardo teve o trabalho de compilar a letra e transformá-la numa melodia arrebatadora.

E assim foi feito.

O clown e o bardo percorreram muitos quilômetros de volta, até o lugar onde ficava a princesa.

Escondido atrás de uma árvore, o palhaço ficou observando enquanto o bardo usava sua bela voz e cantava a música.

Foi amor imediato!

A princesa, elevada pela belíssima composição, apaixonou-se ...

pelo bardo...

Os dois foram embora de mãos dadas. Restou ao nosso clown, ficar sem entender nada.

Minutos depois, ainda na mesma posição e estático, o clown enfim começou a rir freneticamente, durante outros tantos minutos.

Até que resolveu seguir o seu caminho, pensando de si para consigo:

- Até que o bardo e a princesa formam um belo casal!

FIM

Um comentário:

Paulo disse...

Poxa, história interessante e doce :o)
Espero que essa derrota temporária abra um novo destino (temporário tbm), um caminho mágico para o nosso perdedor feliz se aventurar novamente.

Como será a letra que o clown fez pra princesa? Como será a melodia criada pelo bardo?