Didi Mocó, o maior palhaço da tevê brasileira, completa 50 anos de carreira em 2010. As homenagens são muitas e justas. Se reprisassem "Os Trapalhões" no lugar do atual programa de humor de Renato Aragão seria um presentão para fãs saudosos como quase todo mundo.
Curiosos os depoimentos de Renato Aragão à Veja de 4 de dezembro de 2010. Renato não sabe se sua mulher se apaixonou por ele ou pelo Didi. "Sou um cara sem graça", diz ele. "Gostaria de ser como o Didi: aberto, atirado e extrovetido."
Fragmento da matéria:
O personagem surgiu em 1960, em um programa regional da TV Ceará. Renato Aragão concluiu que seu prenome não evocava notas humorísticas. Certo dia, decidiu entrar em cena com o nome Didi. "Foi um daqueles momentos que mudam completamente a vida", recorda. Nascido em um lar de classe média em Sobral, no Ceará, antes de chegar à TV ele fez faculdade de direito ambicionando subir no banco que trabalhava. Mas, admirador do comediante Oscarito (chegou a ver um de seus filmes dezesseis vezes), encontrou sua vocação na carreira artística. "Todos têm a imagem do nordestino com as tralhas nas costas indo para a cidade grande. Comigo não foi assim." Da TV Ceará, Aragão - aliás, Didi - foi para a Tupi, já no Rio, e depois para a Record (muito antes dos bispos), onde competia com o Fantástico, da Globo - e muitas vezes levava a melhor. Em 1974, de novo na Tupi, o bando se formou e, três anos depois, foi afinal contratado pela Globo. Nos anos 70 antes do advento das apresentadoras loiras, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias reinavam absolutos entre a criançada.
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