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domingo, 30 de agosto de 2009

Viva mais, Preocupe-se menos

Li num blog semana passada, que as pessoas deveriam ter mais senso de ridículo nas suas vidas.
Explico: fazer, agir, falar ou pensar sobre coisas sem se preocupar com os outros, com a reação dos outros.
Ser autêntico. Um grande desafio para o clown/palhaço é ser autêntico. E no dia a dia, as pessoas estão na correria, no stress, nos afazeres e não conseguem ou não arranjam tempo para ser elas mesmas. Ligam o piloto automático e vão embora.
Por isso as relações entre as pessoas ficam frias e superficiais, as conversas banais e corriqueiras.
O clown/palhaço rompe com tudo isso. Ele não quer saber de relações frias e superficiais: ele se entrega completamente na relação, seja ela com uma pessoa ou com trezentas pessoas.
Ele também não quer conversas ou atos banais e corriqueiros: ele se entrega e usa toda a sua energia para conseguir atenção, simpatia, os olhares.
O Clown é sincero, é puro nas suas ações, é intenso. Portanto, não pode aceitar formalidades e convenções.
Aprenda com o clown/palhaço: viva mais, preocupe-se menos.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Décima

Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos e salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor

Olha você e diz que não
Vive a esconder o coração

Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?

Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz

O Vencedor
Los Hermanos
Trilha da última saída, dia 15 de agosto.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

História dos dois príncipes e um clown - parte 2

Continuando nossa história.

O segundo príncipe, um guerreiro, tirou a espada da bainha e levantando-a, foi conversar com a princesa:

- Princesa, eu desejo o seu amor e em troca derrotarei todos os meus adversários. Conquistarei muitos reinos para você. Farei com que todos se ajoelhem para venerar a tua beleza! Serás considerada uma deusa e todos te adorarão, caso contrário sentirão o fio da minha lâmina!

- O quê? Seu bruto, insensível, machista! Querer se impor perante as pessoas, usando da violência? Você nunca receberá o meu amor. Nada quero de ti. Tenho medo inclusive. Jamais ficaremos juntos.

O príncipe guerreiro, aturdido, humilhado, desolado, colocou sua espada de volta e foi embora, cabisbaixo e deprimido.

Com isso, voltamos nossa atenção para o clown, que também amava a princesa.

- Como farei - pensava o clown - para conquistar o seu amor?

Nosso amigo palhaço, pobre diante das riquezas do primeiro príncipe e inofensivo diante da bravura do segundo príncipe, ficou a pensar uma forma de atrair a atenção da nossa seletiva princesa.

- Já sei - disse ele - vou chamar meu amigo bardo, que saberá tocar uma música e chamar a atenção da benévola princesa.

O clown partiu, percorrendo muitos quilômetros, até chegar ao chalé onde residia um bardo cantor amigo seu.

Tudo combinado, os dois se reuniram e começaram a compor uma música, toda ela inspirada pelos melhores sentimentos do nosso palhaço.

A letra da composição foi de autoria do clown. O bardo teve o trabalho de compilar a letra e transformá-la numa melodia arrebatadora.

E assim foi feito.

O clown e o bardo percorreram muitos quilômetros de volta, até o lugar onde ficava a princesa.

Escondido atrás de uma árvore, o palhaço ficou observando enquanto o bardo usava sua bela voz e cantava a música.

Foi amor imediato!

A princesa, elevada pela belíssima composição, apaixonou-se ...

pelo bardo...

Os dois foram embora de mãos dadas. Restou ao nosso clown, ficar sem entender nada.

Minutos depois, ainda na mesma posição e estático, o clown enfim começou a rir freneticamente, durante outros tantos minutos.

Até que resolveu seguir o seu caminho, pensando de si para consigo:

- Até que o bardo e a princesa formam um belo casal!

FIM

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

História dos dois príncipes e um clown

Era uma vez, e não duas, nem três, mas uma vez, num reino muito, muito distante.

Três homens disputavam o amor de uma princesa: dois príncipes e um clown.

A princesa era a mais bela da região. Seus cabelos da cor do mel. Sua voz da tonalidade de um rouxinol no paraíso. Suas mãos claras como um raio de sol. Seu olhar profundo e inteligente, como somente um ser angelical saberia ser.

E os três homens, dois príncipes e um clown se apaixonaram todos ao mesmo tempo (lógico, com uma princesa dessas!)

Foi o primeiro dos príncipes e se dirigiu nesses termos para a nossa formosa princesa:

- Princesa. Eu sou muito rico e quero fazer-te feliz. Concede-me a tua mão, os teus sentimentos e os teus sonhos e eu farei tudo o que estiver ao me alcance: castelos, jóias, vestidos, terras. Dinheiro não é e nunca será um problema.

- Estás louco, seu príncipe? Não quero dinheiro. Estou feliz com o que possuo, que é a minha alegria e minha felicidade, que não tem preço. O dinheiro compra tudo, é verdade, mas tudo o que o dinheiro compra enferruja ou envelhece. E a minha felicidade não é nada disso. Deixa-me em paz.

O primeiro príncipe, envergonhado, foi embora e nunca mais voltou. O segundo príncipe resolveu fazer a sua investida.

(continua)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Rir é o Melhor Remédio

Quando tudo parece perdido, sem solução, chama o palhaço que ele não te deixa na mão!
Se mesmo assim, o palhaço não te ajudar, não se preocupe, é assim mesmo, ele só não quer atrapalhar (muito) !
O palhaço é bem intencionado, foi educado nas melhores escolas palhacísticas e clownescas do mundo ocidental, oriental e aurora boreal!
Sorria. Apesar de agosto ser o mês do desgosto, para o palhaço é mais uma época de cair em velhas piadas e ficar com semblante de cachorro pidão.
Sorria. O mundo já é um pouco cinza e triste. O palhaço ajuda a manter o colorido da vida e ver as dificuldades com outros olhos (talvez o palhaço empreste o seu óculos para você enxergar melhor) - Ele empresta sim, de verdade, mas a história tem que ser boa!
O palhaço é inocente, até que ele consiga provar sua culpa - sempre de forma involuntária, imprevisível e sem querer.
Ele no fundo quer receber o olhar das pessoas, ser aceito, mostrar o que conhece, interagir com o mundo, descobrir novas utilidades para os objetos e... ficar com semblante de cachorro pidão.
O palhaço nunca vai dizer não para nada. E sempre vai mostrar que consegue fazer qualquer coisa, mesmo que ele tenha que usar um curativo depois.
Portanto, para tudo existe uma solução, conta com o palhaço que ele ... ah, essa rima já foi usada!